domingo, 29 de julho de 2012

sinto escrevo, escrevo sentindo para sentir

 

Escorre uma ou outra gota de suor

Cerro a boca apenas escrevo

Os dedos dançam freneticamente

Nas teclas do computador

Sinto não penso

Porque se penso muito deixo de sentir

E os dedos param de dançar

E já não há música

Não há palavras

Nem letras a flutuar

Ficam mudas

 Invisíveis

Amarfanhadas

Ninguém as pode alcançar

E o vento não as leva para aquele lugar

Aquele …

Que cada um guarda em si

No seu peito

Do seu jeito

No seu abrigo

No seu sentir



Sílvia Mota Lopes

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