sexta-feira, 27 de julho de 2012

 
Bale ao longe a cabra
balindo não se cala
espera a fome
pelo alimento que tarda a vir
Cheio de gente
vai o comboio
anda aos soluços
desespera
e ainda bale a cabra
ao longe bale
A fome já não espera
e já não bale a cabra
e a cabra mais não bale
E agora o que há para vir?
O comboio parte atulhado de gente
e já não há cabra para parir


Sílvia Mota Lopes

1 comentário:

  1. este poema é um pouco diferente dos outros tem como tema a "crise" que atravessa o nosso país....

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