segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Abandonado

 

Pela rua

Arredando pé

Vejo um velho de rosto esfomeado

De mão morta pedindo esmola

Veste um corpo cansado e sujo

Todo ele imundo!

A sua barba preta e branca

Mostra um passado presente

 Um futuro sem esperança

Mas dança…

Quando vê o sorriso de uma criança

 E sorri ao amor

E cheira uma flor

Porque já há algum tempo não cheira

E adormece

Porque esteve demasiado tempo acordado

E morre...
 Porque ninguém quis que vivesse



6 comentários:

  1. Gostei mesmo do seu blog, Silvia!
    Abraços desde Argentina.
    HD

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  2. Obrigada sei que já estava a seguir o outro mito sonho realidade:)
    um abraço:)

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  3. "E adormece
    Porque esteve demasiado tempo acordado
    E morre...
    Porque ninguém quis que vivesse"


    Adorei todo o poema, mas esta estrofe final é de mestre...
    Beijo.

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  4. Obrigada mais uma vez Nilson..olha porque não concorres ao prémio Maria Ondina em Braga o prazo é até Dezembro , tens alguma publicação? se não tiveres podes concorrer!!!!!

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  5. Um poema belo e inspirado, sobre a triste realidade dos esquecidos...mas em sua vida marginalizada, ele foi feliz, por conhecer os verdadeiros bens da vida.

    Abraços!

    Bíndi e Ghost

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  6. Obrigada:)
    muitos estão e foram esquecidos...mas alguns optaram por esta vida...mas o poema é mesmo sobre os sem abrigo que vivem na rua ao relento... vagueiam pelas ruas e fazem delas os seus caminhos e da terra suas camas.

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