segunda-feira, 1 de outubro de 2012

 

Rama que abana

Em tempo de outono

Queda-se a folha

Amarga-se a alma

Em tempos…

Crianças à solta no campo

Descalças respirando liberdade

 Vivem agora em casas

 Com janelas de arame

Respiram aos golinhos

Tal como os prédios na cidade

E pelas ruas vestidas de folhas

Andam encolhidos aos beijinhos

Os namorados sem idade

E os “velhos” logo de manhã

Matam o tempo

A jogar à sueca

Na sua sábia batota

Dizem um palavrão e soltam uma gargalhada

Porque o tempo pouco lhes diz

ou não lhes diz mesmo nada!

 

 

 

 

 

 

4 comentários:

  1. A vida sempre foi olhada com olhares diversos: há quem se limite a sobreviver, há quem a percorra sem nexo, há quem a leve demasiado a sério, há quem não leve nada a sério...
    Indiferente, o rio vai deslizando comprimido pelas margens.

    Beijo :)

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  2. Sentido de vida? cada um tem o seu:)
    beijinho

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  3. Olá Sílvia, belo poema....Espectacular....
    Cumprimentos

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